Acompanhe o score para medir a evolução da redução
Em um mundo cada vez mais conectado, a capacidade de monitorar mudanças em tempo real se tornou fundamental para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. O uso de indicadores consolidados em forma de score permite acompanhar a eficácia de políticas públicas, iniciativas privadas e esforços comunitários.
Este artigo apresenta uma visão inspiradora e prática sobre como utilizar scores para medir a evolução da redução de impactos negativos, com ênfase no desmatamento, mas também abordando outras áreas como socioeconomia e educação.
Entendendo o conceito de Score
O termo "score" refere-se a um sistema métrico avançado de monitoramento que atribui valores quantitativos à evolução de um determinado indicador. No contexto ambiental, esse score reflete a diminuição dos impactos adversos causados pela atividade humana, como o desmatamento.
Para criar um score confiável, utiliza-se uma combinação de estatística, Big Data e visualização gráfica, permitindo a identificação de tendências críticas e a aplicação de ações corretivas de forma ágil. Além disso, a transparência nos dados fortalece a credibilidade das análises.
Resultados do desmatamento: um balanço de 2024
Em 2024, o Brasil alcançou uma redução geral de 32,4% no desmatamento em comparação a 2023. Isso representa uma área de 1.242.079 hectares poupados, resultado de 60.983 alertas de desmate validados ao longo do ano.
Para compreender melhor o desempenho por bioma, veja a tabela a seguir:
Apesar da evolução, o Cerrado lidera em área absoluta desmatada, com 652.197 hectares, ou seja, 52,5% do total nacional. A região do Matopiba concentrou 75% dos alertas no Cerrado e 42% das perdas de vegetação nativa no país.
Além disso, flutuações pontuais, como o aumento de 55% no desmatamento da Amazônia em abril de 2025 (270 km² versus 174 km² no mesmo mês anterior), reforçam a importância de um acompanhamento constante e detalhado.
Ferramentas e tecnologias para monitoramento em tempo real
O sistema Deter do INPE é um dos principais mecanismos de alerta quase em tempo real, utilizando imagens de satélite para mapear áreas críticas. Já o relatório anual RAD, da MapBiomas, consolida e valida esses alertas, fornecendo dados robustos para construção de scores anuais.
Outras soluções inovadoras incluem plataformas de Big Data que agregam informações de sensores, drones e estações de campo. Essas tecnologias permitem a visualização dinâmica de mapas interativos e relatórios personalizados para diferentes públicos, de tomadores de decisão a comunidades locais.
Lições além do meio ambiente: scores para outros indicadores
O conceito de score pode ser estendido para medir áreas como desempenho socioeconômico e educação, revelando conquistas e desafios que muitas vezes passam despercebidos.
Um exemplo é o Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) do Brasil, que cresceu 12,8% entre 2008-2009 e 2017-2018. A estabilidade na contribuição entre áreas urbanas (75%) e rurais (25%) mostra evolução contínua na qualidade de vida e nos serviços públicos.
No setor educacional, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) atribui scores em matemática (379 pontos), leitura (410) e ciências (403) ao Brasil em 2022. Esses números, embora abaixo da média global, possibilitam traçar ações de melhoria e comparar resultados com outros países.
Desafios e perspectivas: construindo um futuro guiado por dados
A adoção de scores exige a capacitação de profissionais em análise multidisciplinar, domínio de ferramentas tecnológicas e senso crítico para interpretar os resultados. É crucial promover a formação contínua em análise de dados e incentivar parcerias entre governo, setor privado e sociedade civil.
Para acompanhar efetivamente a evolução da redução de impactos, sugerimos algumas boas práticas:
- Garantir acesso público e transparente aos dados e relatórios.
- Desenvolver painéis interativos com recortes mensais e regionais.
- Validar métricas por meio de iniciativas independentes.
- Integrar plataformas digitais para simulações e análises preditivas.
Essas práticas promovem a confiança nas informações e estimulam a participação ativa de todos os setores da sociedade.
Em última análise, medir a evolução da redução por meio de scores é mais do que uma técnica de monitoramento: é um compromisso com o futuro do planeta e das próximas gerações. Ao acompanhar cada ponto percentual de avanço, alimentamos a esperança de um mundo mais equilibrado, justo e sustentável, onde dados e tecnologia caminham juntos pela preservação dos recursos naturais e pela melhoria da qualidade de vida de todos.
